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Dores Crônicas e Coluna Vertebral

Dores Crônicas

Dores Crônicas

As dores crônicas são um problema de saúde pública que acarreta prejuízos pessoais e sociais. A cada 10 brasileiros, 4 sofrem com alguma delas, especialmente as mulheres. Costumam persistir por mais de 3 meses, comprometem a rotina e, se devidamente diagnosticadas, têm tratamento.

As causas podem ser muitas: esforço repetitivo, sedentarismo, má postura, predisposição genética, acidentes, o avanço da idade, doenças infecciosas como chikungunya e AIDS, em consequência de uma dor aguda não tratada, em decorrência de um câncer. Algumas delas, portanto, podem ser prevenidas.

A dor crônica, vale salientar, não é um sintoma, mas uma doença em si. As dores nas costas, com destaque para a lombalgia (dor na região lombar da coluna vertebral), e as cefaleias, popularmente conhecidas como dores de cabeça, são as mais comuns. Fibromialgia, artrite e artrose são outras bastante relatadas.

Assim, aos primeiros sinais de alerta, o melhor a fazer é buscar ajuda especializada para diagnóstico e prescrição do tratamento. Além dos remédios, podem ser indicadas terapias alternativas, atividades físicas, neuromodulação e até um acompanhamento psicológico.

Recorrer a analgésicos, anti-inflamatórios e a outras soluções medicamentosas sem orientação médica, deve-se ressaltar ainda, inibirá as dores só por um dado momento. Com o passar do tempo, eles não farão mais efeito e tal postura só agravará o problema que, aliás, pode ser algo mais sério do que se imagina.

Coluna Vertebral

Coluna Vertebral

A coluna vertebral compõe a principal parte do esqueleto axial, proporcionando um eixo parcialmente rígido e ao mesmo tempo flexível para o corpo, bem como um pivô para a cabeça. Assim sendo, exerce importante papel na postura, sustentação do peso do corpo, locomoção e proteção da medula espinhal e das raízes nervosas.

Ela é composta por 33 vértebras, dispostas em 5 regiões (cervical, torácica, lombar, sacro e cóccix), sendo apenas 24 delas móveis (7 cervicais, 12 torácicas e 5 lombares). No adulto, mede entre 72 e 75 cm, sendo pouco menos de um quarto correspondente aos discos intervertebrais, que são estruturas localizadas entre as vértebras, com variados tamanhos, espessuras e formatos.

Devido à sua importância, é fundamental, então, que os cuidados sejam diários. Não à toa, incômodos ligados à coluna vertebral fazem com que 80% da população sofram com algum quadro doloroso em algum momento da vida. A maioria dos problemas, contudo, está localizado nos discos intervertebrais e nas articulações, os responsáveis pela movimentação e estabilização.

Segundo o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), as dores nas costas estão entre as principais causas de afastamento do trabalho. Elas são classificadas em mecânico-degenerativas, que ocorrem devido às alterações musculares e biomecânicas da coluna; sem participação de fator mecânico, que aparecem em decorrência de processos inflamatórios, infecciosos, metabólicos, neoplásicos (descontrole na multiplicação das células), psicológicos e viscerais; miofasciais, que são dores musculares em pontos específicos; e, por fim, as inespecíficas, quando não é encontrada uma causa anatômica ou fisiológica.

Entre os principais problemas estão a hérnia de disco, que ocorre devido à degeneração dos discos intervertebrais; lombalgia, a famosa e muito frequente dor na região lombar da coluna; a dorsalgia, cuja dor tem localização específica no meio das costas; a osteoporose, caracterizada pela perda da densidade mineral dos ossos da coluna; a escoliose, que é uma deformidade na coluna, uma curvatura no sentido horizontal, para a esquerda ou para a direita; a lordose, outra deformidade da coluna, porém da parte de fora para a interna das costas; a cifose, um desvio da coluna em forma de "C"; e a dor no nervo ciático, o maior nervo do corpo humano.

Algumas causas de problemas na coluna merecem um sinal de alerta. São eles o sedentarismo, o excesso ou realização errônea de exercícios físicos, o avançar da idade, a má postura, obesidade, carregar peso, incluindo as bolsas e mochilas, a gestação, abaixar-se de forma errada e passar muito tempo numa mesma posição, seja de pé, sentado ou deitado.

O melhor a fazer é prevenir e, se as dores insistirem em incomodar, buscar ajuda especializada. O diagnóstico, de um modo geral, será feito por meio de avaliação clínica, ou seja, durante uma consulta médica. Exames complementares, desde radiografias a ressonâncias magnéticas, também poderão ser requeridos.

No que tange ao tratamento, é necessário avaliar caso a caso. Atividades físicas, terapias alternativas e medicamentosas, além dos chamados tratamentos multidisciplinares (com profissionais de áreas distintas), estão entre os caminhos. As intervenções cirúrgicas, mesmo as minimamente invasivas, são sugeridas apenas após esgotadas as possibilidades.

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