Diabetes e doenças neurodegenerativas: tudo a ver!

De acordo com a Federação Internacional de Diabetes, os números relativos à doença no mundo só fazem aumentar. Estima-se, inclusive, que uma pessoa morra a cada 8 segundos em decorrência de complicações do diabetes. E você sabia que a enfermidade tem tudo a ver com as doenças neurodegenerativas?

Sim, elas se interligam. Nos diabéticos existe uma atrofia cerebral que aumenta com o passar do tempo e de forma mais rápida. A doença parece diminuir o fluxo sanguíneo cerebral, afeta a parede das artérias e gera lesões vasculares mais frequentes. Exames de imagem do cérebro – como as ressonâncias magnéticas convencional e funcional e a cintigrafia cerebral – podem inclusive mostrar diferenças estruturais e mesmo funcionais entre os cérebros de pessoas com e sem diabetes.

Ainda segundo o especialista, dependendo da área cerebral acometida, o diabetes pode ocasionar variados tipos de doenças degenerativas. O diabetes mellitus do tipo 2, por exemplo, está associado a déficits cognitivos e à demência. A isquemia cerebral (falta de sangue) normalmente causada por hipertensão arterial ou diabetes, leva a um derrame cerebral. Tanto o diabetes como a pressão alta são fatores de risco para o AVC, porque contribuem para que o sistema vascular fique mais velho e sem elasticidade, propiciando seu rompimento ou o fechamento.

O diabetes ainda não tem cura, mas é uma doença controlável através de remédios, dietas, atividades físicas e, se necessário, doses extras de insulina injetável. Entre suas conseqüências estão também a insuficiência renal, impotência sexual, doenças pulmonares e circulatórias, cegueira e até gangrena pela falta de cicatrização, o que pode causar a amputação de membros, especialmente pés e pernas. A doença afeta, por fim, a memória. Isso acontece em razão da ansiedade e depressão, que às vezes acompanha o paciente diabético, e por conta da alteração vascular do cérebro.

Já manter uma alimentação saudável, além de prevenir o diabetes, a pressão alta e as temidas alterações do colesterol, entre outros tantos benefícios, favorece o funcionamento do cérebro e, por conseguinte, a memória. Alimentos com ômega 3 – salmão, sardinha, feijão, linhaça etc -, sabemos, protegem as células nervosas e a atuação dos neurotransmissores, reduzindo a taxa de lesão dos neurônios.

Article written by Barreto

Dr. Eduardo Barreto, neurocirurgião Ph.D especialista em coluna vertebral e dores crônicas.

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