Escoliose: deformidade da coluna se torna mais evidente na fase do estirão

Você certamente já ouviu falar em escoliose, mas sabe exatamente do que se trata? É uma alteração no alinhamento da coluna para um dos lados, fazendo com se forma uma letra S e um dos ombros fique mais baixo do que o outro.

Caracterizada como uma deformidade vertebral na coluna acima de 10 graus, ela atinge 2 a 4% da população mundial, segundo a OMS. Estima-se que, no Brasil, cerca de 7 milhões de pessoas convivam com a escoliose que, não tratado, pode evoluir para formas graves e gerar até problemas respiratórios e cardíacos.

A doença pode ser congênita, neuromouscular ou sem causa aparente. A primeira decorre de um problema com a formação dos ossos da coluna ou da fusão dos ossos da região; a segunda é causada por distúrbios neurológicos como a paralisia cerebral; e existe, por fim, a que denominamos idiopática, haja vista sua causa não ser conhecida. Esta última, aliás, corresponde a 90% dos casos. Parentes de primeiro grau de pessoas com escoliose têm de 7 a 8 vezes mais chances de desenvolver o problema.

O tratamento varia conforme a gravidade da curvatura, a idade do paciente e o estágio da doença. Quando a inclinação é de 10 a 20 graus, é considerada leve e pode ser apenas acompanhada. Normalmente, indica-se RPG, atividades físicas e observação clínica. No caso de crianças com curvatura acima dos 25 graus, pode-se recorrer a coletes para orientar o crescimento. Outra opção de correção, claro, são as cirurgias, geralmente adotadas em casos de curvatura a partir dos 45 graus.

Na maioria das vezes, uma espécie de proeminência da coluna começa a ficar mais evidente na fase do estirão. Importante observar se há diferença na altura entre os ombros, escápula proeminente, descentralização da cabeça em relação à pelve, proeminência em um lado do quadril…

Quanto antes tratada, obviamente, melhor. Portanto, a atenção dos pais é tudo. Além das características físicas, vale salientar, os pacientes com escoliose demonstram certo desconforto com o corpo, de modo a evitarem o convívio social, o uso de determinadas peças de roupa. São psicologicamente afetados, portanto, pela deformidade.

Article written by Barreto

Dr. Eduardo Barreto, neurocirurgião Ph.D especialista em coluna vertebral e dores crônicas.

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