Existe alguma relação entre o anticoncepcional e o AVC?

O anticoncepcional pode, sim, elevar as chances de que as mulheres sofram de um AVC, mas os casos não são expressivos.

Antes de tomar qualquer anticoncepcional, sabemos, é preciso buscar a orientação de um ginecologista. O médico então questionará se já tomamos algum tipo de contraceptivo e como reagimos a ele, se temos parentes de primeiro grau com casos de trombose, se temos problemas circulatórios, se somos fumantes. E mais, muito mais. Afinal, não é comum a famosa pílula causar um acidente vascular cerebral.

O risco, contudo, pode ser elevado se o anticoncepcional for associado a uma série de fatores: A existência de diabetes mellitus, enxaqueca com áurea, o estresse psicossocial, depressão, hipertensão, dislipidemia – caracterizada pela presença de níveis elevados de lipídios no sangue –, doenças genéticas ou doenças raras que causem hipercoagulabilidade precisarão ser investigados. Outros fatores que tornam as  mulheres mais vulneráveis ao AVC, são pré-eclâmpsia, diabetes gestacional, a reposição hormonal pós-menopausa, a fibrilação atrial – uma alteração no ritmo cardíaco mais comum a partir dos 70 anos –, insuficiência renal, câncer de mama, de ovário ou endométrio.

Deste modo, nós, mulheres, precisamos de consultas periódicas ao ginecologista e, dependendo do histórico familiar, a outro especialista, como o cardiologista. Importante ainda mantermos uma dieta balanceada, com menos sal e gordura, praticarmos exercícios regularmente e controlarmos a pressão arterial. Ah, e voltando à questão do anticoncepcional, ele é contraindicado, sim, a mulheres tabagistas com mais de 35 anos.

Article written by Barreto

Dr. Eduardo Barreto, neurocirurgião Ph.D especialista em coluna vertebral e dores crônicas.

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